terça-feira, 22 de abril de 2008

E o sofrimento...

"usarmos isso em nossas vidas,
e os erros não serão iguais"

Dores de cabeça, olhos tremendo, gargantas raspando, narizes entupidos e afins.
Cadernos abertos, canetas jogadas, anotações perdidas, textos não lidos e seus fins.

Um pouco de medo, muita vergonha, a nossa distância, tento traduzir seus olhares pra mim.
Os mesmos planos, os velhos problemas, pior agora, será que tudo vai continuar assim?

quinta-feira, 17 de abril de 2008

É gripe? foda-se

"só respeite um pouco a minha dor."

Chega até ser irônico meu estado febril, afinal quando os assuntos convergem para o departamento dos problemas pessoais a minha conclusão clichê-otimista sempre é "o importante é ter saúde."
O tempo também tirou um tempo pra tirar uma onda, porque calor e gripe são coisas que simplesmente não combinam.

É tudo coisa de conspiração, karma, urucubaca e um pouco de azar. cof, cof... mentira, são coisas que colocaram na minha cabeça e eu não fiz muita questão de tirar.

E eu só queria que parasse de doer.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Entre cadernos e bilhetes

"tantas coisas que eu ainda vou fazer,
tantas coisas que nem sei por onde começar"

Sei que a introspecção aqui é grande, mas na solidão da palavra escrita me conforto sem ser interrompido por detalhes ou verdades. Aqui até a mais improvável das paixões 'acontece' e, assim como o medo, a timidez desaparece.


Parece tudo tão sereno quando se sonha, e a janela aberta quase não incomoda. Mas aí vem o vento, o vento cresce, e tudo aquilo que imagino não é o que parece.


E é quando a imaginação desce que o corpo carece.

domingo, 13 de abril de 2008

Sobre mudar

"os dias passam depressa demais,
eu vou tentar aproveitar"


Se desprender não foi assim tão fácil, cada caixa que era montada tirava a parte viva da memória daquele que carregava muitas incertezas e poucas coisas. Ele dizia que não queria atrapalhar, mas na verdade se poupava de participar daquilo. Negando constantemente aquela situação para si mesmo e mais ninguém, ficou ali no canto onde era antes seu lugar.

Mas antes o canto era lar, e aquele lugar e aquelas paredes significavam todas as pequenas e boas mudanças, mas essa era diferente e estava mudando o mundo de lugar e não as opiniões sobre um mesmo mundo.


E o mundo parece não parar de mudar, mesmo não girando tanto.

sábado, 12 de abril de 2008

Sobre rimar

"Eu acordei, não tem ninguém ao lado"

Transcrevo aqui todo o meu sentimento de impotência diante dos fatos,
para talvez estilhaçar e logo me erguer,
e não ter que contar os cacos.

Saber conviver e aprender mas não ter como viver e demonstrar
que todos aqueles dias vieram pra me ensinar
que tudo aquilo que foi já não é e o que é não será.

Escrevo as dores de um corpo cansado
faço com esforço algum verso rimado
que tenha algum sentido em ser
para qualquer um que parou de viver
pelo menos um instante para ver e querer ler
a história de alguém que procura a que se apegar
mas que por menos ou mais que tente, parece não achar.


Rimar tem sido mais fácil que todo o resto.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Sobre desistir

"E quando vejo o mar existe algo que diz
que a vida continua e se entregar é uma bobagem"


Andando pela rua descobre-se que a estagnação é uma piada, humor negro. Como pude pensar em ficar no mesmo lugar e aceitar o sinal fechado? Atravessando avenidas extensas se percebe o quão difícil tudo isso pode ser quando nos faltam faixas de pedestre.

Mas é assim, por entre postes e calçadas em reforma que a vida segue em frente, mesmo que por inércia às vezes. Talvez não seja tão fácil encontrar uma flor saindo do concreto, mas deve valer a pena.

Faça valer a pena.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Reprises

"pare de pensar no que passou,
já é difícil de viver bem o presente"

Interferência no sinal e aquele velho filme passando outra vez na tv, acho que já é a segunda vez nessa semana e talvez a quinta no ano.
E qual diferença isso faz? Deixe os filmes serem reprisados, ou então, como diria mama sobre a problemática do relógio estar sempre marcando um horário com números repetidos: "deixa os números serem iguais".

Acho que essas pequenas coisas só incomodam quando se acumulam com outras mais importantes, afinal de contas, uma gota apenas transborda copos já cheios.
Copos meio cheios, meio vazios, transbordando ou completamente vazios, não importa. Tudo é sempre maior que uma metáfora, e sempre nos contradizemos:

Algo como uma calmaria do lado de fora mas as goteiras pingando descompassadas no chão aqui dentro, e são poucos os baldes.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Deixa ele quieto

"estive fora por alguns dias e não é fácil estar aqui de pé,
eu nunca te pedi nada que não fosse ser quem você é"


Alguns anos passam e de repente percebemos que algumas coisas se tornaram ausentes ao poucos,
e nessa epifania é até normal se perder entre pensamentos otimistas e realismos exagerados.

Pacere ser difícil entender que nem sempre conseguimos ou queremos responder as suas perguntas, questionamentos que poderiam ser bem mais adequados e menos agressivos em outros momentos mas que se tornam desavenssas desnecessárias devido a simples falta de compreensão ou de deixa-o-menino-quieto-ísmo.

já disse não, hoje não.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Saber esperar

"você não está chateado por finalmente ter a noção
de que tudo que tinha está escorrendo pelo ralo?"


Não vou negar que um homem sozinho aprende muito com suas pequenas desgraças, mas chega uma hora que levantar a cabeça é até natural, o fato é que olhar para cima e não enxergar possibilidades de recomeçar é realmente desanimador. Ter algumas vontades reprimidas por falta de oportunidades pode fazer da menor das vontades a maior das angústia.


Tenho plena consciência de que existe muitos alguém's por aí esperando que alguém apareça na vida. Enquanto isso eu escrevo textos, faço músicas, frequento bares... e espero.

domingo, 6 de abril de 2008

Esquecer e viver

"mais um dia de bar em bar, mais um dia eu explodo
já cansei de tentar achar resposta pra tudo em mim."

Já começarei a reclamar minhas dores a quem interessar, o que vem acontecendo a tempos é uma falta de consistência e constância que incomoda diariamente. A teoria de filósofos e butequistas sobre a circularidade da vida e das coisas parece cada vez mais verdade quando nos encontramos com os mesmos problemas de 3 anos atrás. É foda quando não sabemos como lhe dar com acontecimentos repetidos por já ter errado uma ou mais vezes.

Acho que as coisas mais simples são aquelas que dependem exclusivamente de nós tanto em ação como reação, pena que essas são raras e não muito significativas. "Eu digo: não confie na bondade das pessoas", apesar de extremista essa frase serve na maioria das vezes em que quebramos a cara por confiar de mais em decisões que não são exclusivamente nossas ou que envolvem outras pessoas na causa ou na finalidade.

Algumas coisas nós nunca saberemos,
até porque elas não existem para serem entendidas, mas sim esquecidas
.